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lorilegium Musicum
Setembro é o mês das flores nos trópicos e aqui na Radio Cultura FM, as cores dessa estação vêm nas mudanças de linguagem, no vasto repertório e no cromatismo contemporâneo. A linguagem tem esse poder e o som pode se transformar em linguagem. Os períodos históricos assinalam as características que correspondem ao contínuo social destes mesmos períodos. Em outros termos, pode-se dizer que as sociedades criam somente os códigos que elas podem decodificar. Essas e outras idéias e debates você poderá ouvir nos programas da Radio Cultura FM e neste mês, trazemos até aos nossos ouvintes algumas mudanças: na madrugada você ficará com uma programação musical variada, no período de 03h00 até as 06h00, quando entra no ar o programa "Cantilena - a música antiga em instrumentos de época". Aos domingos, sempre às 20h00, "Concertos CPFL - música contemporânea" traz o que há de melhor na música dos séculos XX e XXI. No primeiro domingo de setembro você vai conhecer obras rigorosamente inéditas, assinadas por um grupo de compositores do Rio de Janeiro que tiveram sua primeira execução pública mundial na primeira semana de agosto passado em Campinas e São Paulo. O quarteto Radamés Gnattali, interpreta o "Quarteto de Cordas Brasileiro" de Sérgio Roberto de Oliveira; "String Quartet" de Marcos Lucas; "Força e Luz" de Caio Sena; "+ C" de Herbert Schunemann; e "Móbile", de Alexandre Schubert. No dia 13 você fica com o grupo Sonax que constrói seus próprios instrumentos; e seus integrantes criaram coletivamente a suíte "Villa-Lobos Landscape", tendo como convidado o violeiro Paulo Freire. Dia 20 vamos "De Bach à Floresta Amazônica". A soprano Edna d'Oliveira interpreta canções de Villa-Lobos acompanhada pelo notável violonista Sidney Molina. Encerramos o primeiro mês com o duo de flauta e violão carioca formado por Fábio Adour e Alexandre Eisenberg. Ambos interpretam, de Eisenberg, a sonata para flauta e violão e "Pentalogia" para violão solo; e concluem com um "Arquichorinho". O concerto foi originalmente apresentado em Campinas e São Paulo no mês passado. Essas são as flores de música: do modal ao atonal.
Por Maurício Monteiro
