terça-feira, abril 17, 2012

Pimentas e o ardor.

Origem da Pimenta

As pimentas (em inglês chile (chili ou chilli) pepper, do espanhol chile) são os frutos das plantas do gênero Capsicum, pertencentes a família Solanaceae.

Atualmente existem em torno de 20 a 27 espécies catalogadas e são originárias das Américas do Sul e Central, das quais 5 domesticadas. Acredita-se que foram uma das primeiras plantas a serem domesticadas pelo homem, pois evidências encontradas em sítios arqueológicos em diversas regiões exibem vestígios de cultivo datando de 7500 A.C. aproximadamente. Supõe-se que o México e o Norte da América Central sejam os pontos de origem da espécie Capsicum annuum e que a América do Sul seja a origem da espécie Capsicum frutescens. São teorias que até o momento não possuem provas concretas e decisivas para torná-las uma afirmação.

Cristóvão Colombo foi o primeiro europeu a encontrá-las, em sua primeira jornada ao novo mundo. Acreditando ter alcançado as Índias, nomeou os pequenos frutos vermelhos de "pimenta" devido a sua semelhança em sabor (não aparência) às Pimentas do Reino, mundialmente conhecidas na época e provenientes daquela região. Em 1493, Peter Martyr d'Anghiera escreveu que Colombo trouxe para casa "pimentas mais picantes do que aquelas originárias do Cáucaso".

O cultivo das pimentas tornou-se mundialmente famoso de maneira muito rápida, sendo levadas pelos exploradores portugueses e espanhóis, em meados do século XVI, para África e Ásia. Não existem dados ou vestígios precisos de como a pimenta espalhou-se pela Ásia, a partir de sua introdução, mas sabe-se que rapidamente propagaram-se para as Filipinas, Índia, Coréia, China e Japão. Foram incorporadas à culinária dessas regiões quase instantanêamente. Por exemplo, podemos citar a maneira como a presença de colônias portuguesas na Índia tornou marcante a introdução da pimenta em seus pratos, como no caso da região de Goa, onde o prato Vindaloo é uma adaptação do prato português Carne de Vinha d' Alhos.

Nos EUA as pimentas são cultivadas comercialmente desde 1600, aproximadamente, quando os colonizadores espanhóis iniciaram o cultivo utilizando irrigação proveniente do Rio Chama, localizado no norte do Novo México.


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A Escala de Scoville é usada para medir o grau de "ardor" da pimenta ou malagueta.

Em 1912, enquanto trabalhava para uma farmacêutica, o químico Wilbur Scoville desenvolveu um método para medir o "grau de calor" da pimenta.

Este teste é chamado de teste Organoléptico de Scoville, e é chamado de procedimento de diluição e prova. No teste original, Scoville misturou a pimenta pura com uma solução de água com açúcar. Então, um painel de provadores bebeu da solução. Quanto mais solução de água e açúcar é necessária para diluir uma pimenta, mais alto seu "grau de calor".

Depois o método foi melhorado e foram criadas as unidades de Scoville. Assim, 1 xícara de pimenta que equivale a mil xícaras de água, corresponde a 1 unidade na escala de Scoville.

Capsaicina pura equivale a 15 milhões de unidades Scoville. O poder da pimenta é medido nesta escala. A pimenta mexicana Habanero chega a 350 mil unidades nesta escala. Uma pimenta "Red Savina Habanero", uma espécie modificada, chega a 577 mil unidades e a Tezpur indiana chega a 877 mil unidades.




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As mais fortes pimentas:



Bhut Jolokia

Nome: Bhut Jolokia
Espécie: Capsicum chinense
Origem: Índia
Und. Scoville: 500.000 +
Grau de Ardência: 10
Coloração Imatura: Verde
Coloração Madura: Vermelho
Comprimento Aproximado (mm): 60
Diâmetro Aproximado (mm): 25



Informações Gerais:
Bhut Jolokia, recordista mundial em ardência de acordo com o Guinness Book, é originária da India, mais precisamente do estado de Assam (também conhecido pelo cultivo de chá) e de algumas regiões dos estados de Manipur e Nagaland. Os primeiros rumores de sua existência iniciaram-se em meados do ano 2000, mas veio à tona publicamente apenas em 2005. Em 2006 iniciaram-se os testes definitivos para medir sua classificação, sendo executados pelo renomado Chile Pepper Institute da Universidade Estadual do Novo México. A Bhut Jolokia foi submetida a testes por quase 1 ano, sendo utilizados os métodos de análise de DNA e HPLC (High Performance Liquid Chromatography). Durante os testes a Bhut Jolokia chegou a atingir um pico de 1.001.304 SHU, de acordo com o Chile Pepper Institute, conferindo a Bhut Jolokia o título de pimenta mais forte do mundo existente atualmente.

Bhut Jolokia Chocolate é uma variação da pimenta Bhut Jolokia. As plantações presentes no estado de Assam, na India, já são conhecidas por apresentarem variedades interessantes de suas principais pimentas (como, por exemplo, a já conhecida Habanero Chocolate).

A região de Assam é muito famosa por ser responsável pelo cultivo das pimentas mais fortes existentes, tais como a própria Bhut Jolokia, Naga Jolokia, Borbih, Raja Chilli, Bih Jolokia, Naga Moresh, dentre outras.

Cultivo:
A planta da Bhut Jolokia chega a atingir entre 450 mm a 1,2 metros e possui folhas com dimensões variando entre 50 x 100mm a 75 x 140mm (largura e comprimento, respectivamente), verdes e lisas. Seu frutos podem atingir até 30mm de diâmetro e 75mm de comprimento. Como característica comum de alguns frutos alongados pertencentes a espécia Capsicum chinense, a quantidade de sementes em cada fruto é reduzida. Bhut Jolokia prefere climas quentes e necessitam de um longo período para atingir o amadurecimento. Suas sementes germinam em torno de 10 dias, se mantidas em ambiente adequado à uma temperatura constante de 27°C, levando em torno de 120 dias para o amadurecimento.

Informações Gastronômicas:
A Bhut Jolokia necessita de cuidados especiais para manuseio e principalmente utilização. Normalmente todo o seu interior (polpa e placenta) é retirado antes de utilizá-la em algum prato específico, para diminuir um pouco seu grau de ardência. São utilizados tanto em sua forma seca quanto frescas, em saladas e molhos. Observação: deve-se utilizar proteção para as mãos, como por exemplo luvas, no manuseio dos frutos da Bhut Jolokia, para evitar danos à pele. Caso queira moer seus frutos, é essencial a utilização de proteção para os olhos.

A pimenta mais forte (processada) no Brasil é a Pimentche: http://pimentche.com/

Habanero

Nome: Habanero
Espécie: Capsicum chinense
Origem: México
Und. Scoville: 100.000 - 350.000
Grau de Ardência: 10
Coloração Imatura: Verde claro
Coloração Madura: Laranja
Comprimento Aproximado (mm): 60
Diâmetro Aproximado (mm): 25


Informações Gerais:
A Habanero é uma pimenta extremamente picante, chegando a escala de 50 vezes mais forte que a Jalapeño. Ela possui uma enorme gama de variedades. No México são cultivadas especialmente na Penísula de Yucatan, onde a variedade dominante da Habanero é a de cor laranja e amarela. No Caribe são cultivadas as Habanero vermelhas, onde uma pimenta semelhante a Habanero também é muito famosa e amplamente cultivada: a Scotch Bonnet.

Cultivo:
As sementes germinam em torno de 21 dias, à uma temperatura de 21°C. Levam em torno de 100 dias para atingir o amadurecimento. A planta chegar a atingir uma altura de 450 mm, necessitando de um local com abundância de luz solar. Recomenda-se a utilização de estufas para uma melhor proteção e crescimento do cultivo. Os frutos da Habanero tem a coloração verde clara em seu estágio imaturo e vermelha / laranja quando maduros.

Informações Gastronômicas:
A Habanero é uma pimenta com um aroma bem caracterítico, difícil de confudir com qualquer outra pimenta. São suculentas quando frescas, apesar de não possuírem uma quantidade grande polpa. Nos EUA e México são geralmente utilizadas como ingrediente na preparação industrial de molhos de pimenta, apesar de serem utilizadas em molhos pertencentes a cozinha mexicana. A Habanero muito bem moída confere, aos molhos que utilizam-na como ingrediente, não apenas um alto grau de ardência, mas também um aroma bem tropical. A Habanero também é muito utilizada em sua forma seca, geralmente trituradas de forma direta ou mesmo adicionando um pouco de água. Deve-se ter muito cuidado com o manuseio da Habanero! Não inale o pó da Habanero moída, utilize luvas no preparo e lave muito bem as mãos e utensílios utilizados!




Scotch Bonnet


Nome: Scotch Bonnet
Espécie: Capsicum chinense
Origem: Caribe
Und. Scoville: 100.000 - 350.000
Grau de Ardência: 10
Coloração Imatura: Verde
Coloração Madura: Amarela, Vermelha
Comprimento Aproximado (mm): 50
Diâmetro Aproximado (mm): 25


Informações Gerais:
A Scotch Bonnet pertence ao grupo das pimentas mais fortes conhecidas, sendo semelhantes à Habanero. São originárias do Caribe, mas seu principal produtor atualmente é a Jamaica. Ao pé da letra pode ser traduzida como "Boné Escocês", devido a semelhança de sua geometria ao formato desse chapéu.

Cultivo:
As sementes da Scotch Bonnet germinam em torno de 21 dias, à uma temperatura de 21°C. A planta leva em torno de 120 dias para atingir o amadurecimento, chegando a medir 450 mm de altura. Aconselha-se a utilização de estufa para proteção e melhor aproveitamento do cultivo. A Scotch Bonnet necessita de local com abundância de luz solar para um melhor desenvolvimento.

Informações Gastronômicas:
Assim como a Habanero, a Scotch Bonnet é uma pimenta muito, muito picante. Seu sabor é bem característico e facilmente distinguivel. Assim como as Habaneros, não possuem muita polpa. Nos EUA e no Caribe são utilizadas como ingredientes para os molhos de pimenta industrializados. Na Jamaica, a Scotch Bonnet é um ingrediente muito utilizado na prepação de pratos com arroz. No Caribe, são muito utilizados nos molhos para pratos com carne seca.



Malagueta

Nome: Malagueta
Espécie: Capsicum frutescens
Origem: Peru
Und. Scoville: 50.000 - 100.000
Grau de Ardência: 9
Coloração Imatura: Verde
Coloração Madura: Vermelha
Comprimento Aproximado (mm): 40
Diâmetro Aproximado (mm): 10


Informações Gerais:
A pimenta Malagueta é uma das pimentas mais famosas do Brasil, sendo também utilizada na culinária de países como Portugal e Moçambique, dentre outros países africanos. Possui classificação alta de ardência, chegando a atingir em torno de 60.000 SHU ( Unidades Scoville).

Cultivo:
A planta da Malagueta é amplamente cultivada no Brasil, chegando a atingir entre 2 metros e possui folhas com dimensões variando entre 50 x 100mm a 75 x 140mm (largura e comprimento, respectivamente), verdes e lisas. Seu frutos podem atingir até 30mm de diâmetro e 75mm de comprimento. Como característica comum de alguns frutos alongados pertencentes a espécia Capsicum chinense, a quantidade de sementes em cada fruto é reduzida.

Informações Gastronômicas:
A Malagueta é utilizado em diversos pratos da culinária brasileira e de outros países. No Brasil, são utilizadas de diversas maneiras, sendo que é muito prepará-las em frascos de vidros para curtí-las em azeite.



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fontes: wikipedia; pimentasonline.com ; google images;

quinta-feira, abril 12, 2012

Voo Asa Delta Diogo Diniz Garcia Gomes - Pedra Bonita - Rio de Janeiro - RJ

terça-feira, abril 10, 2012

Voo Asa Delta Diogo Diniz Garcia Gomes - Pedra Bonita - Rio de Janeiro - RJ

terça-feira, abril 03, 2012

SEMANA CINERAMA 2012

SEMANA CINERAMA 2012

"Levei muito tempo para descobrir que o cinema brasileiro e o Brasil são a mesma coisa. Hoje começo a suspeitar que aprender a filmar o Brasil é aprender a fazer o Brasil." (Gustavo Dahl)

É com o maior prazer do mundo que convidamos a todos para a Semana Cinerama 2012, um evento realizado pelo cineclube Cinerama que irá apresentar mais de trinta horas de filmes brasileiros em um período que cobre de 1954 até os dias de hoje. Contra todas as elites vegetais, em comunicação com o solo, trazemos uma programação diversificada e pautada pela pluralidade de estilos e ideias, em um momento de grande efervescência na Escola de Comunicação da UFRJ e no cenário cultural brasileiro.

Além dos filmes, a Semana Cinerama pretende estimular a reflexão acerca de questões ligadas à produção audiovisual nacional por meio de encontros com críticos, profissionais e realizadores de diversas gerações, trazendo também para a conversa nossos professores e estudantes, que estarão ativamente convivendo e conflitando com as mais distintas linhas de pensamentos.

Durante os dias 9 a 13 de abril a Escola de Comunicação da UFRJ vai respirar cinema. Venha purificar os olhos e o espírito no Cinerama. A entrada é gratuita, só chegar!


PROGRAMAÇÃO

Auditório da CPM

Dia 09/04 (segunda-feira)

14h | Os residentes, de Tiago Mata Machado (2010, 120min)
16h | O bravo guerreiro, de Gustavo Dahl (1969, 80min)
18h | A cidade é uma só?, de Adirley Queirós (2011, 73min)
20h | Conversa com Adirley Queirós, Eduardo Valente e Consuelo Lins

Dia 10/04 (terça-feira)

14h | O caso dos irmãos Naves, de Luiz Sérgio Person (1967, 92min)
16h | Como era gostoso meu francês, de Nelson Pereira dos Santos (1970, 80min)
18h | Curta coisas de agora (curtas recentes)
20h | Conversa com Gabriel Martins (realizador/BH), André Novais (realizador/BH), Christopher Faust (realizador/PR) e Eduardo Morotó (realizador/RJ)

Dia 11/04 (quarta-feira)

14h | Riscado, de Gustavo Pizzi (2010, 85min)
16h | Curta outros tempos (curtas de todas as épocas)
18h | Fome de amor, de Nelson Pereira dos Santos (1969, 76min)
20h | Conversa com Hernani Heffner e Guiomar Ramos sobre “Fome de amor”

Dia 12/04 (quinta-feira)

14h | O pornógrafo, de João Callegaro (1970, 88min)
16h | Curtas Prata da Casa (produção de alunos da ECO-UFRJ)
18h | O vampiro da cinemateca, de Jairo Ferreira (1977, 77min)
20h | Conversa com Fernando Gerheim, Paulo Oneto e Guiomar Ramos sobre "O vampiro da cinemateca"

Dia 13/04 (sexta-feira)

14h | O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla (1968, 92min)
16h | Serras da desordem, de Andrea Tonacci (2006, 135min)
18h30 | Sudoeste, de Eduardo Nunes (2011, 100min)
20h15 | Conversa com Eduardo Nunes, Fábio Andrade e Denilson Lopes

Auditório do CFCH – Mesas de reflexão - 18h

Dia 09/04
Distribuição: meios, canais e plataformas para levar mais cinema para mais pessoas
Cavi Borges (produtor, realizador e distribuidor)
Silvia Cruz (Vitrine Filmes)
Talita Arruda (Porta Curtas)
André Gatti (professor, pesquisador e cineclubista)

Dia 10/04
Cosmética da fome, 10 anos depois
Ivana Bentes (professora, pesquisadora e diretora da Escola de Comunicação da UFRJ)
Cezar Migliorin (professor do departamento de cinema da UFF)

Dia 11/04
Produção: o melhor negócio é fazer
Daniela Santos (produtora/RJ)
Ana Bárbara Ramos (realizadora/PB)
Fred Benevides (pesquisador e realizador/CE)
Beatriz Seigner (realizadora/SP)

Dia 12/04
Crítica: pensar o mundo e o cinema a partir de uma folha em branco
José Carlos Avellar (realizador, curador e crítico)
Carlos Alberto Mattos (crítico)
Daniel Caetano (realizador, professor e crítico)

Dia 13/04
O cineasta e o roteirista: dois mundos, um filme
Andrea Tonacci (realizador, fotógrafo e roteirista)
Hilton Lacerda (realizador e roteirista)
Bruno Safadi (realizador e roteirista)


Todos os filmes serão exibidos em dvd, e os mais antigos em versões restauradas.


SEMANA CINERAMA 2012
Dia: 09 a 13 de abril
Hora: 14h às 22h
Local: Auditórios da CPM e do CFCH - Campus Praia Vermelha - UFRJ


Confira a sinopse de todos os filmes em www.cineramaeco.wordpress.com

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Asa Delta, voo Duplo em Março de 2012